Por (Mauro Paquete Vranjac, 1177923)
Colégio Opção – Sorocaba
23/08/2017
Fonte:
http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2014/09/sessao-para-deficiente-visuais-deixa-ceu-ao-alcance-das-maos-em-vitoria.html
acessado em 21/08/2017
O professor Mauro
Renato, da escola municipal Floriano Peixoto de Recife, Pernambuco, vem obtendo
ótimos resultado com dois alunos deficientes visuais do 6º ano do ensino
fundamental, na disciplina de geografia, utilizando o aplicativo CPqD Alcance,
um programa que facilita a utilização de novas tecnologias pelos deficientes
visuais. Utilizando um globo terrestre em alto-relevo, o professor Mauro vem
trabalhando com os alunos a forma e o tamanho dos países. Este globo terrestre
está conectado ao smartphone do aluno, que envia as coordenadas em que o aluno
está tocando para o celular, e com o uso do CPqD Alcance, o aplicativo lê as
principais informações do relevo, dimensões e características de região
pesquisada.
A idéia do professor
nasceu de um projeto elaborado pelos alunos do ensino médio daquela escola, que
buscavam na internet aplicativos gratuitos que pudessem ser utilizados por
alunos com necessidades especiais, uma vez que o professor havia percebido que
alunos deficientes visuais do ensino fundamental poderiam participar de
diversas experiências na geografia de forma muito mais rica e interativa com a
ajuda de aplicativos já disponíveis no mercado mas que não são diretamente
elaborados para a área da educação. Desta forma, com a ajuda do grupo de alunos
do ensino médio, criaram um globo terrestre interativo onde, não somente os
alunos deficientes visuais poderiam sentir o relevo, as dimensões e formas dos
continentes e países do globo, uma vez que os globos foram criados de forma
tridimensional, eles também teriam acesso a dados de relevo, clima, população e
dimensões da região estudada, com o uso do aplicativo CPqD.
A maior dificuldade
encontrada pelo grupo foi criar um globo terrestre sensível ao toque, para que
este pudesse diretamente conectar-se com o smartphone. A solução foi obtida com
o apoio de uma Start up francesa, a GlobeTech©, que imprimiu um globo terrestre
em uma impressora 3D, com micro-sensores sensíveis ao tato e conectados com a
internet. Dessa forma, conforme o deficiente visual toca uma determinada
região, o aplicativo busca a informação na internet, em páginas
pré-estabelecidas, e lê a informação determinada.
Sabe-se que para os
alunos deficientes visuais, manter a atenção durante toda a aula, sem um
recurso específico para eles, é muito difícil. Com o novo modelo de globo
terrestre sensível ao toque desenvolvido pelos alunos, não apenas a interação
destes alunos aumentará nas aulas, como seu entendimento do todo se tornará
muito mais completo e ainda auxiliará a estes alunos a desenvolver seu controle
muscular fino, fundamental para estes alunos.
Atualmente o projeto do
professor Mauro e de seus alunos do ensino médio está inscrito em um concurso
internacional de inovações tecnológicas, que será realizado em Chicago, EUA no
mês de dezembro deste ano. Caso venha a vencer o concurso, o professor pretende
utilizar o prêmio de 50.000 dólares para financiar a construção de novos globos
terrestre sensíveis ao toque e conectados a internet e distribuí-los
gratuitamente para outras unidades escolares do estado.
Agora cabe torcer pelo
projeto da equipe brasileira e colher os frutos desse brilhante trabalho.
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