quarta-feira, 23 de agosto de 2017

GLOBO TERRESTRE SENSÍVEL AO TOQUE AJUDA ALUNOS DEFICIENTES VISUAIS A CONHECER O PLANETA


Por (Mauro Paquete Vranjac, 1177923)
Colégio Opção – Sorocaba
23/08/2017


O professor Mauro Renato, da escola municipal Floriano Peixoto de Recife, Pernambuco, vem obtendo ótimos resultado com dois alunos deficientes visuais do 6º ano do ensino fundamental, na disciplina de geografia, utilizando o aplicativo CPqD Alcance, um programa que facilita a utilização de novas tecnologias pelos deficientes visuais. Utilizando um globo terrestre em alto-relevo, o professor Mauro vem trabalhando com os alunos a forma e o tamanho dos países. Este globo terrestre está conectado ao smartphone do aluno, que envia as coordenadas em que o aluno está tocando para o celular, e com o uso do CPqD Alcance, o aplicativo lê as principais informações do relevo, dimensões e características de região pesquisada.
A idéia do professor nasceu de um projeto elaborado pelos alunos do ensino médio daquela escola, que buscavam na internet aplicativos gratuitos que pudessem ser utilizados por alunos com necessidades especiais, uma vez que o professor havia percebido que alunos deficientes visuais do ensino fundamental poderiam participar de diversas experiências na geografia de forma muito mais rica e interativa com a ajuda de aplicativos já disponíveis no mercado mas que não são diretamente elaborados para a área da educação. Desta forma, com a ajuda do grupo de alunos do ensino médio, criaram um globo terrestre interativo onde, não somente os alunos deficientes visuais poderiam sentir o relevo, as dimensões e formas dos continentes e países do globo, uma vez que os globos foram criados de forma tridimensional, eles também teriam acesso a dados de relevo, clima, população e dimensões da região estudada, com o uso do aplicativo CPqD.
A maior dificuldade encontrada pelo grupo foi criar um globo terrestre sensível ao toque, para que este pudesse diretamente conectar-se com o smartphone. A solução foi obtida com o apoio de uma Start up francesa, a GlobeTech©, que imprimiu um globo terrestre em uma impressora 3D, com micro-sensores sensíveis ao tato e conectados com a internet. Dessa forma, conforme o deficiente visual toca uma determinada região, o aplicativo busca a informação na internet, em páginas pré-estabelecidas, e lê a informação determinada.
Sabe-se que para os alunos deficientes visuais, manter a atenção durante toda a aula, sem um recurso específico para eles, é muito difícil. Com o novo modelo de globo terrestre sensível ao toque desenvolvido pelos alunos, não apenas a interação destes alunos aumentará nas aulas, como seu entendimento do todo se tornará muito mais completo e ainda auxiliará a estes alunos a desenvolver seu controle muscular fino, fundamental para estes alunos.
Atualmente o projeto do professor Mauro e de seus alunos do ensino médio está inscrito em um concurso internacional de inovações tecnológicas, que será realizado em Chicago, EUA no mês de dezembro deste ano. Caso venha a vencer o concurso, o professor pretende utilizar o prêmio de 50.000 dólares para financiar a construção de novos globos terrestre sensíveis ao toque e conectados a internet e distribuí-los gratuitamente para outras unidades escolares do estado.

Agora cabe torcer pelo projeto da equipe brasileira e colher os frutos desse brilhante trabalho.

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