Aplicativos convertem imagens
e textos de escrita convencional em áudios possibilitando que alunos cegos leiam
e saibam que objetos estão à frente
Por FLAVIO PALMA, RU 1750236
Polo – Sorocaba
Data
15/08/2017
Laboratório
de Tecnologia Assistiva com bancada e expositor de recursos:
mouses, teclados e
botões acionadores com diferentes formatos,
vocalizadores e outros recursos
para comunicação alternativa.
Fonte: http://www.assistiva.com.br/
Se você pode ouvir, falar,
enxergar ou mesmo se movimentar, pode não ter ouvido sobre o conceito de
Tecnologia Assistiva. Trata-se de uma expressão para um conceito ainda em construção,
que tem como objetivo levar autonomia e inclusão social às pessoas com
deficiência, através da melhoria da capacidade de comunicação, de mobilidade e
dos demais sentidos. Tecnologia Assistiva tem característica interdisciplinar e
engloba recursos, procedimentos, produtos e práticas. Este tema também tem-se
mostrado como um grande potencial para quem deseja empreender e criar impacto
social. Só nos EUA este segmento já movimenta mais de U$50 bi por ano. Já
existem inúmeros recursos desenvolvidos e disponibilizados nas salas de aula,
dependendo das necessidades especiais dos alunos.
Hardwares e softwares já
possuem ferramentas que ajudam as pessoas com deficiência visual, por exemplo.
Basta configurar a função “facilidade de acesso” e utilizar o mouse, por
exemplo, para ler e ouvir o que se apresenta na tela.
Agora, livros
convencionais também podem ser lidos por alunos cegos. Um aplicativo
desenvolvido, com apoio de entidades de fomento à produtos para acessibilidade,
por estudantes de Engenharia e Filosofia converte textos de livros
convencionais, que não existem em braile, em áudios que podem ser utilizados
pelos alunos com deficiência visual. O aplicativo levou um ano e meio para ser
desenvolvido e já é utilizado na Universidade Federal da Bahia em aulas de
Filosofia para 37 alunos de graduação.
A vantagem de usar o
aplicativo é a portabilidade pois não é mais necessário digitalizar o livro em
scanners de mesa. A pouca existência de livros físicos em braile relacionados
às disciplinas dos cursos de Filosofia é outra dificuldade encontrada por quem
tem deficiência visual. O aplicativo dá oportunidade de inclusão para que estas
pessoas e possibilita a leitura de qualquer texto convencional. Outra vantagem
é o baixo custo do aplicativo, por ter sido desenvolvido por alunos da
universidade, que pode ser utilizado por qualquer pessoa com deficiência
visual.
APLICATIVO
DESENVOLVIDO POR ESTUDANTES
Fonte:
https://tvuol.uol.com.br/video/aplicativo-ajuda-cegos-a-ler-04020C9A3368C8815326
Dentre vários aplicativos
que “dão” visão ao cegos, o AIPOLY VISION visualiza imagens de objetos e
responde em áudio o nome deles. O programa tem um estoque de imagens que permite
comparar com as obtidas com a câmera do celular. O aplicativo mostra-se
bastante funcional e nos testes realizados conseguiu identificar até elementos
parcialmente expostos.
Smartphones e aplicativos
destinados a cegos já fazem parte do conjunto de ferramentas utilizadas no
dia-a-dia destas pessoas, como o cão-guia e a bengala. Estes aplicativos podem
ser baixados em qualquer smartphone ou tablet, bastando acessar as lojas
virtuais e, de acordo com o sistema operacional, realizar o download.
AIPOLY
VISION APP
Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=XMdct-5bERQ
“Para
as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as
pessoas com deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis”. (RADABAUGH,
1993).
A
Tecnologia Assistiva tem dado aos alunos, com ou sem deficiência, a
oportunidade de socialização e inclusão. Grandes conquistas são possíveis
quando todos compreendem que todos são responsáveis por resolver, com
criatividade, os problemas humanos.



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