quarta-feira, 23 de agosto de 2017

APLICATIVOS AUXILIAM DEFICIENTES VISUAIS EM ATIVIDADES DO COTIDIANO


Aplicativos em funcionamento no smartphone foto: Amanda Camargo
Reportagem: Amanda Cristina de Camargo

Algumas atividades que pareciam impossível para o deficiente visual, hoje se torna possível devido algumas invenções tecnológicas, que também são utilizadas por pessoas não deficientes.
Os aplicativos Aipoly Vision e @voice auxiliam deficientes visuais, ou pessoas com pouca visão a enxergar através dos ouvidos com seu smartphone.

O Aipoly Vision funciona através da câmera de celular, que diz em áudio, o que enxerga a sua frente. O inventor deste aplicativo teve o incentivo através de um momento vivenciado em sua adolescência, em que ele tinha um amigo cego, e ele narrava tudo o que estava ao seu redor para o amigo, então ele pensou em criar algo que narrasse tudo ao seu redor e coubesse no bolso. O aplicativo não narra frase pronta, porém é capaz de identificar milhares de objetos e cores. E hoje já atinge em média 400mil pessoas no mundo.

Já o aplicativo @voice favorece tanto deficientes visuais e pessoas com baixa visão, ou até  mesmo pessoas que querem ler um livro, ou uma mensagem e esta impossibilitado de ler e prefere ouvi-la, pois depois de instalado, o usuário consegue transferir qualquer arquivo em pdf ou Word, e-mail, sms, entre outros, em voz alta.

Para Celso do Santos, 38, que já nasceu sem enxergar, a tecnologia no mundo da inclusão esta sendo bem aproveitada, já que com esses aplicativos é possível realizar atividades que as pessoas não cegas praticam como “ler um livro” com maior facilidade, ou identificar os objetos ao seu redor. “Esses aplicativos causam uma certa independência para nós deficientes visuais, aumentando até a nossa auto – estima já que podemos realizar coisas, sem a ajuda de alguém” conclui Celso.

Já para Nicole Nogueira, 23, que perdeu a visão aos quinze anos, num acidente de moto com seu pai, os aplicativos favorecem para ela uma sensação de volta ao tempo, como se ela pudesse reviver um pouco do que ela já viu. “Além de conseguir ouvir os livros que eu quero, consigo enxergar o que vem a frente, como os ouvidos ficaram melhores com a perda da visão, concilio o aplicativo com a audição e consigo imaginar melhor o que esta ao meu redor”.

Atualmente a tecnologia esta presente em toda parte do universo, no entanto essa evolução deve ser muito útil para inclusão de deficientes na sociedade em geral, inclusive nas escolas, que é o inicio da socialização da maioria das crianças e adolescentes.  

As igrejas, prédios públicos, cinemas, centros educacionais entre outros lugares, nem sempre estão aptos a receber um deficiente visual, porém as pessoas, quando possível, devem criar ambientes favoráveis e acolhedores, para que eles se sintam seguros de circular e conviver com a sociedade em geral. A diferença deve ser encarada como uma condição natural do ser humano e não como uma negatividade.

Apesar de a inclusão de cegos na sociedade ainda ser um desafio, especialistas afirmam que deve melhorar com o aumento da tecnologia através dos smartphones, pois esses aparelhos estão presentes na maioria dos níveis sociais, então abrange grande parte da população.















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