Por: Andressa Soares Da Silva- 1210080
Glalci Werly Gomes- 1801823
Jeniffer Linares Lemes
Carriel- 1565501
Taís Cristina Alves-
1797077
Colégio Opção – Sorocaba-SP
Data: 20/08/2017
|
Durante
um projeto para o portfólio, o que era para ficar apenas na teoria se tornou
algo sério. Em junho deste ano quatro alunas do curso de pedagogia desenvolveram
um aplicativo com o intuito de facilitar a comunicação e o aprendizado de
crianças com microcefalia.
Com a epidemia do zika vírus transmitido
pelo mosquito Aedes Aegypti, no ano de 2015 foram registrados mais de 1,7 mil casos
de microcefalia no Brasil, e de acordo com o G1, desde o início de 2017 até o
dia 20 de maio, teve mais 322 casos confirmados, e 1.158 de notificações suspeitas.
Esta doença provoca uma redução do tamanho da caixa craniana e do encéfalo, e
as consequências dessa diminuição do crânio impede que o cérebro cresça normalmente,
e com isso pode ocorrer atraso mental, Déficit intelectual, Paralisia,
Convulsões, Epilepsia, Autismo e Rigidez dos músculos, cientificamente chamada
de espasticidade. Com tudo os portadores desta doença enfrentam diariamente muitas
dificuldades, entre elas estão à comunicação e a aprendizagem, e foi pensando
nisso que as alunas Andressa Da Silva, Glalci Gomes, Tais Alves e Jeniffer
Carriel desenvolveram o I CAN.
Cada vez mais as escolas de Educação
Infantil vêm trazendo a tecnologia para a sala de aula, com a intenção de
melhorar a vida dos alunos e professores e facilitar a aquisição de
conhecimento, e assim usufruir ao máximo de todos os benefícios que a tecnologia
pode trazer. Atualmente, com os aplicativos as crianças podem brincar,
interagir e aprender com jogos educacionais, e com o I CAN as crianças com microcefalia também poderão
aproveitar dessa tecnologia, este aplicativo é voltado para crianças a partir
de 6 anos, pois com essa idade já há uma mobilidade maior para os que possuem
esta doença, assim podendo manusear com mais facilidade o celular ou tablet,
por isso ele poderá ser utilizado nas escolas para alunos do primeiro ano em
diante, sempre auxiliado por um adulto seja ele o professor ou um auxiliar.
O I CAN, traduzindo para o português “Eu posso”, é
um aplicativo direcionado a crianças portadoras de microcefalia, e têm como
propósito auxilia-las no processo de aprendizagem, comunicação e interação
social. Com ele é criada uma prancha virtual, onde a criança poderá acessar
gratuitamente através de um celular ou tablet e funcionará da seguinte forma: Primeiramente
este deverá selecionar o gênero, o nome, e seus dados inicias com o auxílio de
um adulto, sequencialmente abrirá a plataforma com diversas opções e divisões, entre
eles estão os chamados “Eu Posso falar” onde através de imagens poderão ser
formadas frases que serão reproduzidas pela voz eletrônica, ao lado também se
localiza “eu me sinto” onde este por sua vez abrange os sentimentos e
sensações, o “eu quero” que por intermédio deste poderá dizer o que deseja (brinquedos,
comidas, etc.), dentre muitas outras opções incluindo abecedário, formas,
Cores, e outros. O diferencial do I CAN comparado
a outros aplicativos semelhantes é a capacidade de personalizar e deixa-lo
ainda mais pessoal, de modo em que o adulto poderá armazenar diversas
informações pessoais da criança, incluindo fotografias, músicas, vídeos e etc.,
e para facilitar ainda mais a vida do professor, com sua alta capacidade de
armazenamento, este poderá também incluir a matéria que esta sendo ensinada,
como por exemplo, números e contas, letras e frases, sons, ou seja, pode ser
utilizado em qualquer que seja a matéria.
Além de simplificar a vida dessas crianças e tornar seus
dias mais alegres, o I CAN irá ajudar na
inclusão social das mesmas, que segundo Vygostky, a inclusão escolar é
fundamental para que o sujeito compreenda o mundo em que está inserido e se
sinta participativo e ativo na construção desse mundo e de sua própria
história. Entretanto como todos
os aplicativos, exige um aparelho (celular ou um Tablet) para ser utilizado e
atualmente o uso de celular em salas de aula é proibido em alguns estados em
escolas estaduais, não são todos que poderão usufruir desta ferramenta
pedagógica.
O aplicativo esta
sendo usado atualmente na escola particular “Isis Gabriel” na cidade de Piedade
–SP, como possuem 6 alunos com microcefalia
logo que este foi lançado a escola optou por utiliza-lo para poder ajudar essas crianças, a própria
escola disponibilizou os tablets para que pudessem ter acesso ao mesmo , e de
acordo com a diretora, ele foi bem aceito pelos alunos e professores, e
facilitou muito o aprendizado dos que possuem a doença.
- “Como Professora
de Educação Infantil e mãe de um filho com microcefalia, simplesmente amei o I CAN, além de ajudar na inclusão social, no
aprendizado, eles ficaram muito felizes por poder se comunicar, parece que
estão mais empenhados em aprender e participar das brincadeiras, e meu filho também
gostou muito” Diz Lucimara ap. Lemes Professora da escola “Isis Gabriel”, quando
questionada sobre o aplicativo.
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