sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Estudantes do Centro universitário Uninter em Sorocaba-SP desenvolvem aplicativo para facilitar o aprendizado e a comunicação de crianças portadoras de microcefalia.


Por: Andressa Soares Da Silva- 1210080
       Glalci Werly Gomes- 1801823
       Jeniffer Linares Lemes Carriel- 1565501
       Taís Cristina Alves- 1797077

Colégio Opção – Sorocaba-SP
Data: 20/08/2017




 
 Fonte: https://pt.123rf.com/photo Modificada por: Jeniffer Carriel

    Durante um projeto para o portfólio, o que era para ficar apenas na teoria se tornou algo sério. Em junho deste ano quatro alunas do curso de pedagogia desenvolveram um aplicativo com o intuito de facilitar a comunicação e o aprendizado de crianças com microcefalia.

    Com a epidemia do zika vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, no ano de 2015 foram registrados mais de 1,7 mil casos de microcefalia no Brasil, e de acordo com o G1, desde o início de 2017 até o dia 20 de maio, teve mais 322 casos confirmados, e 1.158 de notificações suspeitas. Esta doença provoca uma redução do tamanho da caixa craniana e do encéfalo, e as consequências dessa diminuição do crânio impede que o cérebro cresça normalmente, e com isso pode ocorrer atraso mental, Déficit intelectual, Paralisia, Convulsões, Epilepsia, Autismo e Rigidez dos músculos, cientificamente chamada de espasticidade. Com tudo os portadores desta doença enfrentam diariamente muitas dificuldades, entre elas estão à comunicação e a aprendizagem, e foi pensando nisso que as alunas Andressa Da Silva, Glalci Gomes, Tais Alves e Jeniffer Carriel desenvolveram o I CAN.

   Cada vez mais as escolas de Educação Infantil vêm trazendo a tecnologia para a sala de aula, com a intenção de melhorar a vida dos alunos e professores e facilitar a aquisição de conhecimento, e assim usufruir ao máximo de todos os benefícios que a tecnologia pode trazer. Atualmente, com os aplicativos as crianças podem brincar, interagir e aprender com jogos educacionais, e  com o I CAN as crianças com microcefalia também poderão aproveitar dessa tecnologia, este aplicativo é voltado para crianças a partir de 6 anos, pois com essa idade já há uma mobilidade maior para os que possuem esta doença, assim podendo manusear com mais facilidade o celular ou tablet, por isso ele poderá ser utilizado nas escolas para alunos do primeiro ano em diante, sempre auxiliado por um adulto seja ele o professor ou um auxiliar.

   O I CAN, traduzindo para o português “Eu posso”, é um aplicativo direcionado a crianças portadoras de microcefalia, e têm como propósito auxilia-las no processo de aprendizagem, comunicação e interação social. Com ele é criada uma prancha virtual, onde a criança poderá acessar gratuitamente através de um celular ou tablet e funcionará da seguinte forma: Primeiramente este deverá selecionar o gênero, o nome, e seus dados inicias com o auxílio de um adulto, sequencialmente abrirá a plataforma com diversas opções e divisões, entre eles estão os chamados “Eu Posso falar” onde através de imagens poderão ser formadas frases que serão reproduzidas pela voz eletrônica, ao lado também se localiza “eu me sinto” onde este por sua vez abrange os sentimentos e sensações, o “eu quero” que por intermédio deste poderá dizer o que deseja (brinquedos, comidas, etc.), dentre muitas outras opções incluindo abecedário, formas, Cores, e outros. O diferencial do I CAN comparado a outros aplicativos semelhantes é a capacidade de personalizar e deixa-lo ainda mais pessoal, de modo em que o adulto poderá armazenar diversas informações pessoais da criança, incluindo fotografias, músicas, vídeos e etc., e para facilitar ainda mais a vida do professor, com sua alta capacidade de armazenamento, este poderá também incluir a matéria que esta sendo ensinada, como por exemplo, números e contas, letras e frases, sons, ou seja, pode ser utilizado em qualquer que seja a matéria.

  Além de simplificar a vida dessas crianças e tornar seus dias mais alegres, o I CAN irá ajudar na inclusão social das mesmas, que segundo Vygostky, a inclusão escolar é fundamental para que o sujeito compreenda o mundo em que está inserido e se sinta participativo e ativo na construção desse mundo e de sua própria história. Entretanto como todos os aplicativos, exige um aparelho (celular ou um Tablet) para ser utilizado e atualmente o uso de celular em salas de aula é proibido em alguns estados em escolas estaduais, não são todos que poderão usufruir desta ferramenta pedagógica.

  O aplicativo esta sendo usado atualmente na escola particular “Isis Gabriel” na cidade de Piedade –SP,  como possuem 6 alunos com microcefalia logo que este foi lançado a escola optou por utiliza-lo  para poder ajudar essas crianças, a própria escola disponibilizou os tablets para que pudessem ter acesso ao mesmo , e de acordo com a diretora, ele foi bem aceito pelos alunos e professores, e facilitou muito o aprendizado dos que possuem a doença.

 - “Como Professora de Educação Infantil e mãe de um filho com microcefalia, simplesmente amei o I CAN, além de ajudar na inclusão social, no aprendizado, eles ficaram muito felizes por poder se comunicar, parece que estão mais empenhados em aprender e participar das brincadeiras, e meu filho também gostou muito” Diz Lucimara ap. Lemes Professora da escola “Isis Gabriel”, quando questionada sobre o aplicativo.
  
   O I CAN foi lançado no dia 27 de junho e já está com aproximadamente 8.000 mil downloads, de acordo com as desenvolvedoras está disponível em todas as versões de Andoid, e seu download pode ser realizado através do Play Store gratuitamente.

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