sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ABC, ABC "TODA CRIANÇA TEM DIREITO A APRENDER" INICIA-SE O FIM DA SEGREGAÇÃO PELAS DIFERENÇAS

ABC, ABC "TODA CRIANÇA TEM DIREITO A APRENDER"
INICIA-SE O FIM DA SEGREGAÇÃO PELAS DIFERENÇAS
Por  Francisco Gongra de Albuquerque -  RU 1502286
Polo  Sorocaba - SP.

Data 16/08/2017


Fonte: www.google.com.br/search?q=aplicativos+para+educação+inclusiva

            O professor Jerônimo Rosa, atuante na Escola de Educação Inclusiva "Bem Viver" na cidade de Paulicéia estado de São Paulo, tem usado a tecnologia a favor da educação inclusiva. Trabalha em uma escola infantil que tem como meta acabar com a segregação social pelas diferenças, e sonha com um futuro próximo onde haja compreensão, aceitação e amor por aqueles que são especiais.

            Embora a segregação social aconteça e ganhe força no seio da família, e por isso qualquer atividade que desconstrua esse conceito sofrerá resistência e dificuldade em aceitação, o professor acredita que descobriu uma ferramenta extremamente importante nesse processo que pode a partir da escola incluir novos conceitos no seio da família brasileira para compreender que todo cidadão independente de suas limitações tem o direito de aprender a ler e escrever (alfabetização).

            A descriminação social com pessoas que apresentam deficiência de ordem cerebral como é o caso daqueles que sofrem de Transtorno do Espectro (Autismo) é grande, muitas crianças sofrem com outros tipos de enfermidades tais como: alergias respiratórias, diabetes, dengue e outras, porém esses tipos de enfermidades são bem assimiladas pela sociedade, mas a Síndrome de Down  e o autismo é diferente. Há uma resistência em se compreender o problema, e dessa forma é passado para as próximas gerações o conceito de segregação. O professor Jerônimo aponta para a importância da inclusão dessas pessoas tratando-as com os mesmos direitos de uma criança que tenha nascido sem esse problema. Afirma que é muito importante para uma nação a inclusão dessas crianças, pois muito se fala em direitos, mas na prática o que se vê é a discriminação.

            A única forma de ajudar as famílias que tem uma criança com autismo é compreendendo sua dor e para entender o sofrimento do outro é preciso participar, é necessário usar a empatia. A partir desse conceito Jerônimo acredita que com as crianças é mais fácil de se conseguir resultados. Como trabalha em uma escola de inclusão social em sua sala de aula tem alunos com perfeitas condições cerebrais e intelectuais, como também alunos que sofrem com o transtorno do espectro, logo, para que esses sejam incluídos na sociedade é necessário que aqueles entendam suas dificuldades e o que, ou, de que forma conseguem assimilar o mundo a sua volta e assim desenvolver-se socialmente. Com o slogan "AUTISMO - Para conviver é preciso conhecer" o professor tem desenvolvido seu trabalho de forma esplêndida, focando o crescimento do grupo além do indivíduo.

            Nesse processo tem usado um aplicativo intitulado "ABC Autismo" para alfabetizar os seus alunos. O referido aplicativo se apresenta como "um" entre tantos no mundo da tecnologia, porém além de ser gratuito ele tem um conteúdo que possibilita a alfabetização de alunos que apresentam o transtorno, tanto quanto, a de alunos que não apresentam. O aplicativo que foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) se apresenta como um jogo em quatro níveis de dificuldade. Nos dois primeiros níveis a criança desenvolve habilidades com a transposição de figuras e conceitos sobre discernir e estabelecer diferenças explica o professor. Já nos próximos dois níveis (três e quatro) as atividades ficam mais complexas e exigem mais raciocínio por parte do aluno. Assim, Jerônimo acredita que está fazendo sua parte como educador e cidadão usando a tecnologia em função do desenvolvimento social.

            Ainda salienta de forma comparativa os resultados obtidos com a utilização da ferramenta. Antes de aplicá-la em seu modelo de ensino a classe se apresentava dividida pela dificuldade dos alunos aprenderem em conjunto. Seu trabalho consistia em ensinar alunos individualmente; em função dos que estavam com maior dificuldade, e assim, embora se houvesse o conceito do fim da separação pelas diferenças não era o que acontecia na prática, alguns alunos se sentiam prejudicados por esperar os outros avançarem até onde estavam com relação aos conhecimentos desenvolvidos, outros por sua vez; sentiam-se puxados, ou, empurrados pelo professor em função de um atendimento personalizado, logo, o mestre se desdobrava e não via resultado concreto em seu trabalho. Após o uso do aplicativo (jogo); está conseguindo desenvolver uma capacidade maior de raciocínio por parte daqueles que tinham dificuldade acentuada, bem como tem observado o desenvolver da paciência e compreensão por parte daqueles que tendo uma capacidade maior de raciocínio não conseguiam entender a dificuldade do colega e hoje o ajudam com aqueles alunos no que diz respeito ao desenvolvimento dos jogos educativos em sala de aula.

            Orgulhoso do seu trabalho e satisfeito com uso da tecnologia a favor da educação, o professor Jerônimo olha para o futuro com sentimentos de dever cumprido, de pioneiro na evolução da educação inclusiva no Brasil no que diz respeito ao fim da segregação pelas diferenças, e visualiza uma sociedade igualitária para um futuro próximo. Afirma ainda, que acredita que os cidadãos do futuro serão homens e mulheres que se apropriarão das diferenças como propriedades de uma nação que cresce e se desenvolve respeitando cada indivíduo; enxergando em cada um dos seus cidadãos homens e mulheres com qualidades distintas e especificas que fazem história, constroem sonhos e projetam pontes de ligação entre o conhecido e o que se deve conhecer. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário