ABC, ABC "TODA
CRIANÇA TEM DIREITO A APRENDER"
INICIA-SE O FIM DA SEGREGAÇÃO
PELAS DIFERENÇAS
Por
Francisco Gongra de Albuquerque - RU 1502286
Polo
Sorocaba - SP.
Data 16/08/2017
Fonte:
www.google.com.br/search?q=aplicativos+para+educação+inclusiva
O professor Jerônimo Rosa, atuante na Escola de Educação
Inclusiva "Bem Viver" na cidade de Paulicéia estado de São Paulo, tem
usado a tecnologia a favor da educação inclusiva. Trabalha em uma escola
infantil que tem como meta acabar com a segregação social pelas diferenças, e
sonha com um futuro próximo onde haja compreensão, aceitação e amor por aqueles
que são especiais.
Embora a segregação social aconteça e ganhe força no seio
da família, e por isso qualquer atividade que desconstrua esse conceito sofrerá
resistência e dificuldade em aceitação, o professor acredita que descobriu uma
ferramenta extremamente importante nesse processo que pode a partir da escola
incluir novos conceitos no seio da família brasileira para compreender que todo
cidadão independente de suas limitações tem o direito de aprender a ler e
escrever (alfabetização).
A descriminação social com pessoas que apresentam
deficiência de ordem cerebral como é o caso daqueles que sofrem de Transtorno
do Espectro (Autismo) é grande, muitas crianças sofrem com outros tipos de
enfermidades tais como: alergias respiratórias, diabetes, dengue e outras,
porém esses tipos de enfermidades são bem assimiladas pela sociedade, mas a
Síndrome de Down e o autismo é
diferente. Há uma resistência em se compreender o problema, e dessa forma é
passado para as próximas gerações o conceito de segregação. O professor
Jerônimo aponta para a importância da inclusão dessas pessoas tratando-as com
os mesmos direitos de uma criança que tenha nascido sem esse problema. Afirma
que é muito importante para uma nação a inclusão dessas crianças, pois muito se
fala em direitos, mas na prática o que se vê é a discriminação.
A única forma de ajudar as famílias que tem uma criança
com autismo é compreendendo sua dor e para entender o sofrimento do outro é
preciso participar, é necessário usar a empatia. A partir desse conceito
Jerônimo acredita que com as crianças é mais fácil de se conseguir resultados.
Como trabalha em uma escola de inclusão social em sua sala de aula tem alunos
com perfeitas condições cerebrais e intelectuais, como também alunos que sofrem
com o transtorno do espectro, logo, para que esses sejam incluídos na sociedade
é necessário que aqueles entendam suas dificuldades e o que, ou, de que forma
conseguem assimilar o mundo a sua volta e assim desenvolver-se socialmente. Com
o slogan "AUTISMO - Para conviver é
preciso conhecer" o professor tem desenvolvido seu trabalho de forma
esplêndida, focando o crescimento do grupo além do indivíduo.
Nesse processo tem usado um aplicativo intitulado
"ABC Autismo" para alfabetizar os seus alunos. O referido aplicativo
se apresenta como "um" entre tantos no mundo da tecnologia, porém
além de ser gratuito ele tem um conteúdo que possibilita a alfabetização de
alunos que apresentam o transtorno, tanto quanto, a de alunos que não
apresentam. O aplicativo que foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto
Federal de Alagoas (IFAL) se apresenta como um jogo em quatro níveis de
dificuldade. Nos dois primeiros níveis a criança desenvolve habilidades com a
transposição de figuras e conceitos sobre discernir e estabelecer diferenças
explica o professor. Já nos próximos dois níveis (três e quatro) as atividades
ficam mais complexas e exigem mais raciocínio por parte do aluno. Assim,
Jerônimo acredita que está fazendo sua parte como educador e cidadão usando a
tecnologia em função do desenvolvimento social.
Ainda salienta de forma comparativa os resultados obtidos
com a utilização da ferramenta. Antes de aplicá-la em seu modelo de ensino a
classe se apresentava dividida pela dificuldade dos alunos aprenderem em
conjunto. Seu trabalho consistia em ensinar alunos individualmente; em função
dos que estavam com maior dificuldade, e assim, embora se houvesse o conceito
do fim da separação pelas diferenças não era o que acontecia na prática, alguns
alunos se sentiam prejudicados por esperar os outros avançarem até onde estavam
com relação aos conhecimentos desenvolvidos, outros por sua vez; sentiam-se
puxados, ou, empurrados pelo professor em função de um atendimento
personalizado, logo, o mestre se desdobrava e não via resultado concreto em seu
trabalho. Após o uso do aplicativo (jogo); está conseguindo desenvolver uma
capacidade maior de raciocínio por parte daqueles que tinham dificuldade
acentuada, bem como tem observado o desenvolver da paciência e compreensão por
parte daqueles que tendo uma capacidade maior de raciocínio não conseguiam
entender a dificuldade do colega e hoje o ajudam com aqueles alunos no que diz
respeito ao desenvolvimento dos jogos educativos em sala de aula.
Orgulhoso do seu trabalho e satisfeito com uso da
tecnologia a favor da educação, o professor Jerônimo olha para o futuro com
sentimentos de dever cumprido, de pioneiro na evolução da educação inclusiva no
Brasil no que diz respeito ao fim da segregação pelas diferenças, e visualiza
uma sociedade igualitária para um futuro próximo. Afirma ainda, que acredita
que os cidadãos do futuro serão homens e mulheres que se apropriarão das
diferenças como propriedades de uma nação que cresce e se desenvolve
respeitando cada indivíduo; enxergando em cada um dos seus cidadãos homens e
mulheres com qualidades distintas e especificas que fazem história, constroem
sonhos e projetam pontes de ligação entre o conhecido e o que se deve conhecer.
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